Prepare sua espada e cajado! Towa and the Guardians of the Sacred Tree, o mais novo roguelite da Brownies Inc. publicado pela Bandai Namco, chega para conquistar jogadores em busca de um desafio com estilo. Com uma estética deslumbrante de pintura à mão e uma jogabilidade que mistura ação intensa, estratégia e progressão narrativa, este título promete ser um dos grandes lançamentos do gênero em 2025. Mas será que entrega uma experiência tão memorável quanto promete? Mergulhamos fundo nas runs para trazer a análise definitiva.
História
A história se passa na pacata aldeia de Shinju, abençoada pela árvore sagrada e protegida pela entidade Towa. Tudo parece em paz até que o mal de Magatsu ameaça corromper o equilíbrio do mundo. Para defender a vila, os Guardiões são convocados — e logo no início do jogo, uma reviravolta envia os protagonistas para outra linha temporal.
O diferencial narrativo de Towa está em como a história é contada ao longo das runs: a cada tentativa, o jogador descobre novos detalhes sobre os moradores, seus segredos e suas tradições. Isso dá um peso emocional às suas ações. Você não está apenas derrotando inimigos, mas reconstruindo uma comunidade e fortalecendo seus laços com ela, o que torna cada derrota e cada vitória muito mais significativas.
Jogabilidade
Towa é um roguelite de ação que lembra Hades em seu ritmo e estrutura, mas traz mecânicas próprias que o tornam único. A maior novidade é a necessidade de escolher dois personagens para cada run:
• Tsurugi, o Guardião Espadachim, que carrega duas espadas de tipos diferentes, cada uma com ataques e durabilidade específicos. Alternar entre elas é crucial para manter a eficiência em combate.
• Kagura, o Guardião do Cajado, que possui duas magias para apoiar o combate.
Controlar ambos os personagens simultaneamente é um desafio no início, e muitos jogadores podem se pegar ignorando o uso do cajado nas primeiras tentativas. Porém, ao dominar a sinergia entre espada e magia, o jogo se transforma, tornando as batalhas mais estratégicas e divertidas.
O hub da vila de Shinju funciona como centro de progressão entre as runs, permitindo forjar novas armas, treinar habilidades no dojo e interagir com NPCs que evoluem com o tempo. O sistema de Graces (bênçãos) oferece builds diferentes a cada partida, criando uma sensação de frescor e incentivando experimentação.
O jogo também conta com coop local e online, onde cada jogador controla um dos Guardiões — uma adição que aumenta muito o fator replay e transforma a experiência em algo colaborativo e ainda mais caótico.
Áudio e Visual
Se existe um ponto onde Towa realmente brilha, é na sua apresentação. Cada cenário parece uma pintura japonesa tradicional animada, com detalhes que impressionam desde os pequenos objetos da vila até as grandiosas arenas dos chefes. A direção de arte aposta em uma estética que remete ao Japão feudal, mas com toques de fantasia, criando um mundo vivo e cativante.
A trilha sonora, composta pelo renomado Hitoshi Sakimoto (Final Fantasy XII, Vagrant Story), eleva o clima de cada batalha e de cada momento contemplativo na vila. O jogo conta ainda com dublagem completa em inglês e japonês, com diálogos bem escritos que ajudam na imersão.
Veredito
Towa and the Guardians of the Sacred Tree é um roguelite desafiador, mas extremamente recompensador para quem gosta de estratégia e narrativa bem construída. Ele mistura combate técnico, progressão meticulosa e uma estética de tirar o fôlego, criando uma experiência difícil de largar.
Pontos Fortes:
• Visual deslumbrante e arte hand-drawn de altíssimo nível.
• Combate estratégico com dois personagens simultâneos.
• Coop local e online que ampliam o replay.
Pontos de Melhoria:
• Curva de aprendizado íngreme pode afastar jogadores casuais.
• Controle de dois personagens exige adaptação e pode ser frustrante no começo.
Towa and the Guardians of the Sacred Tree: Towa não é apenas mais um roguelite. Ele é um jogo que te desafia a pensar, se adaptar e persistir, recompensando com uma das aventuras mais emocionantes do ano. Se você gostou de Hades ou Dead Cells, mas quer algo com mais profundidade narrativa e atmosfera única, Towa é obrigatório na sua lista. – Eduardo Andrade