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Monster Hunter Wilds: As Primeiras 100 Horas na Nova Era da Caçada

Um olhar aprofundado na nova jornada: será que Wilds tem fôlego para centenas de horas?

by Eduardo Andrade
7 minutes read

E aí, caçadores, já afiando suas lâminas e estocando poções? Monster Hunter Wilds já está entre nós, e após passar mais de 100 horas explorando, caçando e criando builds, chegou a hora de compartilhar minhas impressões sobre essa nova entrada na icônica franquia da Capcom.

Diferente de análises tradicionais, decidi abordar o jogo com uma perspectiva mais aprofundada, levando em conta que Monster Hunter nunca se resume a poucas horas de campanha. Com atualizações programadas e novos desafios no horizonte, o ciclo de jogo só tende a crescer.

Então, sem mais delongas, a Guilda autoriza esta análise a começar!

História

Monster Hunter nunca foi exatamente uma franquia focada em narrativa, mas a Capcom tem se esforçado cada vez mais para construir um universo com mais contexto e imersão. Em Wilds, essa tendência continua e, desta vez, não estamos apenas caçando monstros, mas também entendendo melhor o ecossistema deles.

Seu caçador é enviado a uma nova região inexplorada pela Guilda, somente para descobrir que — surpresa! — os monstros estão completamente fora de controle e causando estragos aos moradores. Até aqui, tudo soa familiar para veteranos da franquia. No entanto, a reviravolta que acontece no decorrer da trama é algo que realmente muda o rumo da história, trazendo um elemento surpreendente que nunca vimos antes em Monster Hunter. Sem spoilers, mas acredite: vale a pena acompanhar até o fim.

Gameplay

Se Monster Hunter Wilds tivesse um subtítulo, seria “o melhor de World, com toques de inovação”. A jogabilidade bebe diretamente da base de Monster Hunter World, mantendo aquele ritmo mais dinâmico e fluido, mas adiciona uma camada extra de estratégia e brutalidade com o novo sistema de “Wound”.

Agora, ao longo da caçada, você pode causar ferimentos específicos nos monstros, que vão deixando partes do corpo vulneráveis. Se acertar golpes letais nesses pontos ou causar dano suficiente, os ferimentos podem fazer com que partes do monstro se soltem durante a batalha, aumentando suas chances de obter materiais raros. Isso muda completamente o ritmo do jogo, pois ao invés de apenas farmar no final da missão, você pode garantir boas recompensas ainda durante o combate.

Os mapas continuam vastos e repletos de detalhes impressionantes. A exploração não só é incentivada, como também recompensadora, tornando cada canto do ambiente um convite para descobrir algo novo.

Mas e aí, 100 horas depois, ainda tem gás?

Nos últimos dois títulos da franquia, ultrapassei a marca de mil horas facilmente, então a grande questão era: Wilds consegue me prender da mesma forma?

A resposta é… sim e não. O jogo ainda tem muito a oferecer, mas comparado a lançamentos anteriores, o conteúdo inicial é relativamente escasso. Em pouco mais de 100 horas, já completei todas as Side Quests, Optional Quests e a campanha principal. Agora, estou focado em aprimorar builds e enfrentar os mesmos monstros repetidas vezes.

Infelizmente, a variedade de monstros ainda é limitada, tornando a experiência um pouco repetitiva para quem já zerou todo o conteúdo disponível. Arkveld, por exemplo, já deve estar cansado de me ver.

Por outro lado, as novidades em cada arma ajudam a manter o frescor do jogo, já que alternar entre diferentes estilos de combate traz desafios novos. Além disso, o sistema de customização de armas no endgame é um dos pontos mais interessantes, permitindo criar sua própria arma personalizada com elementos e status à sua escolha.

Se a Capcom seguir o modelo de Monster Hunter World, podemos esperar grandes atualizações de conteúdo ao longo dos próximos meses, e o primeiro update já foi confirmado para março, trazendo o retorno de Mizutsune.

Áudio e Visual

Se tem algo que a Capcom acertou em cheio foi na parte técnica. Monster Hunter Wilds está totalmente dublado em português, e a qualidade da dublagem é surpreendentemente boa. Apesar de estar acostumado a jogar em inglês, testei a dublagem nacional e me diverti bastante.

A trilha sonora segue impecável, com temas épicos e imersivos que elevam a experiência durante as batalhas. O tema de Arkveld, em especial, merece o volume no máximo. E para os fãs de Hunting Horn, como eu, isso significa ainda mais destaque para a trilha sonora dentro do gameplay.

No quesito gráfico, Wilds é um verdadeiro espetáculo visual. Os mapas são incrivelmente detalhados, os monstros apresentam animações fluidas e realistas, e o novo sistema de ferimentos torna os combates mais viscerais do que nunca. Além disso, as armas finalmente receberam visuais únicos, o que era uma grande reclamação dos fãs. Algumas skins clássicas voltaram, como o icônico Sino da Rathian.

Se há um detalhe visual que deixou a desejar, foi o fato de as armaduras de Low Rank e High Rank terem o mesmo design. No entanto, o Low Rank passa tão rápido que isso se torna um problema menor.

Veredito: vale a pena?

Mesmo após 100 horas de jogo, meu ritmo em Monster Hunter Wilds ainda não diminuiu. Estou jogando tanto com veteranos quanto com novatos, e todos parecem satisfeitos com o conteúdo disponível.

Sobre a dificuldade, vejo algumas reclamações de que o jogo está mais fácil, mas acredito que a Capcom adotou uma abordagem mais acessível no Low Rank, servindo como um aprendizado para iniciantes. No High Rank e endgame, os desafios começam a aparecer, mas veteranos podem sentir falta de algo mais brutal logo de cara.

No geral, Monster Hunter Wilds ainda está longe de ser um jogo completo, mas o que temos até agora já é o suficiente para prender os jogadores e deixar todo mundo ansioso pelas futuras atualizações. Se a Capcom seguir o mesmo modelo de suporte de World, podemos esperar um jogo ainda maior e mais refinado nos próximos meses.

Se você está na dúvida se vale a pena comprar agora, pode ir sem medo. O conteúdo inicial já garante dezenas de horas de diversão, e o futuro de Wilds parece extremamente promissor.

Agora, me conta: você já começou sua caçada em Wilds? Quais suas primeiras impressões?

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