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Análise – Blanc

by Thiago Vidotti
3 minutes read

Blanc é um jogo de aventura cooperativo desenvolvido pelo estúdio indie Casus Ludi e publicado pela Gearbox que nos apresenta um mundo todo monocromático com traços desenhados a mão e minimalista que conta uma breve, porém comovente história da improvável amizade entre um pequeno lobo e um cervo para vencerem as adversidades da jornada.

A história de Blanc é bem simples, um pequeno lobo e um filhote de cervo se perdem de seus respectivos bandos e iniciam suas jornadas seguindo os rastros deixados pelos seus familiares. Toda a aventura se passa num cenário gélido coberto de neve e a princípio cada personagem segue seu caminho e, embora caminhem de forma paralela, cada um age de forma individual pra só depois de um tempinho (no diminutivo mesmo porque o jogo é curto) eles se terem confiança um no outro e cooperarem para conseguirem continuar o caminho e conforme a história se desenrola, os dois vão se tornando cúmplices e parceiros para prosperarem até que alcançarem seus objetivos.

Blanc é um jogo curto, com cerca de duas horas de duração o que acaba sendo pouco para o uso de mecânicas diferentes e se concentra num modo de jogo único que por vezes fica monótono e só não dá vontade de desistir, pois toda a ambientação acaba envolvendo o jogador que mais parece estar assistindo a um desenho que propriamente jogando. Já que modos de jogo não existem, o jogador pode mudar a experiência escolhendo jogar solo ou de forma cooperativa com outro jogador. Escolhendo jogar sozinho, você controla simultaneamente os dois personagens, cada um com um lado do controle, o que deixa o jogo um pouco desafiador, além de causar alguns bugs no cérebro até ele se acostumar com os comandos. Se a opção for jogar com alguém, o jogo que é fácil fica ainda mais tranquilo e em poucas vezes haverá realmente algum desafio, fazendo do jogo algo do tipo “só vai”.
A direção de arte é o ponto alto de Blanc, aliando gráficos, músicas e cenários numa tela toda em preto e branco com traços sutis que envolve o jogador e que disfarça um pouco a falta de clímax e momentos mais desafiadores. Como comentado acima, parece que estamos jogando um desenho animado e por mais que controlar os personagens e interagir com outros animais que aparecem pelo caminho seja mediano, a vontade em ver o final feliz dessa história faz continuar e entrar na onda dos dois filhotes.

Após aproximadamente duas horas, fica a sensação de “já acabou?” o que frustra quem se animou com toda a aura do jogo, mas viu o potencial desperdiçado de de algo que podia ser muito mais do que foi. Fica a lição do respeito as diferenças, da cooperação para superar obstáculos e dos encontros e despedidas. É uma boa pedida pra ensinar alguns valores aos mais novinhos através de uma história lúdica, mas que, como jogo, nos deixa a sensação de não chegar a tão esperada aventura.

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