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Análise | Donkey Kong Bananza

Jogamos e agora contamos tudo o que achamos dessa nova aventura de Donkey kong.

by Thiago Vidotti
13 minutes read

Nascido em 1981 num jogo de fliperama, Donkey Kong é um personagem de muita importância para a história da Big N.

Desde então, o personagem virou uma franquia a parte com um universo expandido, com mundo, história e vários outros personagens orbitando sob o nome Donkey Kong.

Mesmo com muitos jogos e participações, o ápice da franquia é ainda a série Donkey Kong Country, lançada no saudoso Super Nintendo entre 1994 e 1996.

Por mais que seus personagens nunca tivessem saído dos holofotes, por estarem sempre nos demais jogos do mundo Nintendo, como Mario Kart, Golf, Soccer, Party e afins e terem uma nova incursão na série country no Wii, WiiU e Switch, ficava a pergunta de quando o Gorilão e sua trupe voltariam num jogo novo que fizesse jus a sua importância.

Eis que no anúncio do Switch 2, o jogo Donkey Kong Bonanza foi mostrado como um dos primeiros títulos para o novo console, mas pelo que foi mostrado a época, não sabíamos o que esperar.

Toda essa introdução, um pouco grande confesso, mais de 5,5 milhões de Switch 2 vendidos em menos de 2 meses e o jogo disponível para todos, vamos ao que interessa.

É a aventura que os jogadores tanto esperavam e que o gorila merecia? Vamos conferir!

História e Ambientação

A história começa em Ingot Isle, uma ilha de minério onde Donkey Kong (que passarei a tratar como DK daqui em diante) habita com os demais símios e trabalham com mineração em busca de?.. bananas!

Mas nesse trabalho, DK encontra algo reluzente que se chama Banândio fazendo seus olhos saltarem e brilharem como sempre quando vê algo valioso demais ou … bananas. Quem conhece o Gorila e o mundo Nintendo, sabe que só Wario se interessaria mais por tesouros que nosso Gorila.

Claro que, ao encontrar tal tesouro, uma ameaça aparece, a trupe da VoidCo, liderada pelo seu CEO Void Kong e seus parceiros, Grumpy Kong e Poppy Kong que querem todos os tesouros da região e durante uma tempestade a ilha toda é sugada para o subsolo.

Ingot Isle é o novo endereço de Donkey Kong

Já no subsolo, DK encontra uma pedaço de rocha com vida que depois se mostra como Pauline, uma menina de 13 anos que não sabe bem o que está fazendo ali e porque estava petrificada, mas que tem uma forte ligação com a música.

Os dois descobrem que precisam chegar ao núcleo da terra que dizem realizar desejos. O dele de restaurar a ilha e recuperar seu tesouro, o dela de voltar a superfície e descobrir mais sobre sua história.

Assim a jornada começa, cheia de surpresas, com direito a ajuda de criaturas ancestrais e muitas aventuras nessa viagem ao centro da terra.

São muitas camadas até chegar ao núcleo do planeta e restaurar a normalidade.

Jogabilidade

Como quase sempre, a Nintendo se preocupa em trazer seus tutoriais em forma de introdução ao jogo ou na sua fase inicial e DK Bananza não foge dessa regra.

Logo de cara, começamos a jogar dentro de uma mina e ali mesmo aprendemos os comandos necessários para que o jogador se sinta seguro durante sua jornada.Toda a viciante mecânica de destruição e ambientação com os controles são bem intuitivos.

Conforme DK e Pauline avançam ao núcleo do planeta, as camadas vão ficando mais complexas em estrutura e mecânicas, embora seja bom salientar que, apesar do jogo trazer um curva de aprendizagem conforme se avança na história, DK Bananza é extremamente fácil quando se trata de combates contra inimigos. Focando sua atenção a exploração e coleta de itens.

Falando em coletáveis, durante a aventura, DK e Pauline podem encontrar explorando as camadas: tesouros, fósseis, moedas e as bananas, cada um com uma serventia que ajuda na evolução dos personagens.

Com os tesouros, DK pode comprar atalhos e construir áreas de descanso, por exemplo. Já com as moedas, DK pode comprar balões, recargas de corações dentre outras coisas.

Com os fósseis, DK pode comprar roupas e acessórios para ele e para Pauline, mas não são apenas itens estéticos, pois cada roupa muda algo na natureza do personagem, seja mais proteção ao frio, ou mais rapidez. Por fim, as bananas servem para liberar habilidades de DK que contribuem muito com a evolução da aventura.

Um ponto muito especial que está cada vez mais presente nos jogos da Nintendo, é a localização dos textos em português do Brasil que ajudam a entender a história e as mecânicas do jogo.

Outra adição importante que se torna algo muito utilizado, são as transformações bananza, onde por um período de tempo DK se transforma e ganha habilidades especiais que algumas vezes são mandatórias para avançar no jogo e que também são viciantes.

As transformações Bananza mudam a jogabilidade com habilidades especiais.

Jogar Donkey Kong Bananza pode ser feito com dois jogadores, onde o primeiro player controla DK e o segundo comanda limitadamente Pauline, uma vez que ela não sai do colo do gorila. É um modo de jogo válido para quem aproveita com a criançada, mas que torna tudo ainda mais fácil.

Os controles funcionam bem, podem ser configurados e a função vibração traz uma imersão ao jogo com batidas muito bem trabalhadas.

Enfim, é um jogo democrático e que pode ser jogado por qualquer pessoa, fácil de aprender e evoluir sem mais problemas.

Gráficos, Trilha Sonora e Desempenho

Os gráficos de Donkey Kong Bananza são ricos e detalhados, talvez ainda não represente todo o poder do Switch 2, uma vez que o jogo foi inicialmente pensado para seu antecessor, ainda assim, é um vislumbre visual, sejam pelos ambientes temáticos, ou pelas fazes de ambientes vastos.

A trilha sonora é um deleite e assim deveria, já que parte do jogo é conduzida pelo mistério que envolve Pauline a música.
Músicas novas e revisitações aos clássicos da série country se encontram junto a efeitos sonoros bem feitos que trazem mais imersão.

Talvez o que mais incomoda no jogo seja o trabalho da câmera. Nas situações em que DK cava túneis é sempre complicado se encontrar sem ter que parar e mover para um posição onde você possa se encontrar, o problema é que conforme o personagem se movimenta, a câmera volta a se atrapalhar. Entendo que pela própria loucura que é essa dinâmica de destruição, seria complicado deixar o personagem centrado sempre, então é algo que atrapalha um pouco, mas que você acaba acostumando.

Sobre o rodar do jogo em si, alguns colegas relataram quedas na taxa de quadros durante algumas partes, mas eu confesso que não percebi muita coisa e quando percebi não foi algo que atrapalhou em nada a jogatina. Ficando ao meu ver um jogo suave e correto no que se propõe.

Seja jogando na TV ou jogando no modo portátil o jogo se portou de forma bem similar. A telinha do tablet traz visuais muito bonitos, mas jogar por muito tempo no modo portátil pode cansar rápido caso você não tenha um grip para os controles.

No geral, a parte técnica é bem executada, o que tende a acontecer sempre nos jogos desenvolvidos pela própria Nintendo que conhece mais que ninguém seu próprio console.

Conclusão

Donkey Kong Bananza é ao mesmo tempo um jogo completamente novo para o Gorila mais famoso do planeta (junto a King Kong), mas que muitos podem relacionar ao mundo aberto de Zelda e muito familiaridade com Mario Odyssey.

Por falar em Odyssey, não por acaso, esse Donkey Kong tem a mesma equipe que trabalhou no grande jogo do encanador lá no começo do Switch original.

Donkey Kong Bananza pode ter torcido o nariz de alguns em seu anúncio, depois surpreendeu com seu trailer mais completo um pouco antes do lançamento e ao ser lançado, entrega uma aventura única e ao mesmo tempo familiar.

O jogo soube equilibrar as novidades com homenagens a personagens e momentos clássicos da franquia de uma maneira muito bem feita com afeto e nostalgia.

Mais especial ainda é que o jogo além de textos, é todo dublado em PT-BR com a dublagem de Pauline digna de filmes da pixar num trabalho muito bem feito e digno de parabéns.

A Nintendo não anunciou um Zelda novo ou um inédito Mario 3D para esse primeiro ano de Switch 2 e isso trouxe mais responsabilidade para o Gorilão segurar essa barra.

Ponto para a Nintendo ao dar a importância devida ao personagem e um presente aos jogadores que tanto queriam o retorno de Donkey Kong de forma memorável.

Donkey Kong Bananza é um dos melhores jogos de aventura feitos até o momento, honrando o nome do personagem e trazendo de volta seu nome dentre as principais marcas do mundo dos jogos.

Não é perfeito, como nada no mundo é, mas é digno de ser jogado, praticamente obrigatório a quem tem um Switch 2 e um dos motivos para já querer o console nesse início de vida.

O preço no Brasil pode ser um pouco “pesado” até para nosso forte Gorila, mas pelo visto essa será a realidade daqui em diante. O lado bom é que se você quiser fazer 100% do jogo, você vai curtir precisar de bastante tempo.

Cativante, viciante, mágico e incrivelmente belo, enfim um jogo de DK a altura da série Country que está dentre os melhores jogos de ação e aventura 3D já lançados até hoje.

Donkey Kong Bananza: A volta triunfante e merecida de um dos personagens mais importantes da BigN Thiago

9.5
von 10
2025-07-25T13:36:13-0300

Desculpem o longo texto, mas o jogo pediu por tanto. Até mais!

Cópia gentilmente cedida pela Nintendo. Donkey Kong Bananza já está disponível em mídia física ou digital. Para essa e mais informações sobre o mundo dos jogos, nos acompanhe sempre por aqui.

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