Lançado originalmente para o Nintendo Wii em 2007, Super Mario Galaxy surpreendeu o mundo dos games ao revolucionar mais uma vez os jogos de plataforma em três dimensões, tal qual fez Super Mario 64, o jogo elevou ainda mais a franquia Mario, e mudou o gênero de plataformas em três dimensões.
Super Mario Galaxy introduziu a exploração espacial e brincou com a gravidade de forma única, além de trazer uma história de fundo um pouco menos rasa que se tem costume.
Eis que 18 anos depois, o jogo volta a cena com uma versão aprimorada para os consoles da família Nintendo Switch (estamos desconsiderando a coletânea Super Mario 3D All Stars para fazer esta análise).
História e Ambientação
A história de Super Mario Galaxy não foge ao clássico da franquia, porém com um algo a mais que torna tudo mais interessante de acompanhar.
Durante o Festival das Estrelas, onde uma chuva de estrelas cadentes embeleza os céus do Reino do Cogumelo, Bowser aparece e adivinha? sequestra a Princesa Peach, levando-a dessa vez para o Espaço!
Mario também acaba sendo lançado e acorda em um observatório comandado por uma misteriosa mulher de nome Rosalina, que é reponsável por cuida dos Lumas, pequenas estrelas com consciência e que no decorrer do jogo conta sua linda história.

Além da missão de resgatar a Princesa Peach, Mario também precisa ajudar Rosalina e as Lumas, coletando estrelas espalhadas pelo Universo e com isso prosseguir na história.
A ambientação é um dos pontos mais marcantes do jogo com cada galáxia representando um microcosmo, com planetas de formatos e gravidades distintos.

De campos floridos até mundos de fogo, sucatas, gelo, e muito mais. É como os mundos dos jogos anteriores, mas de forma muito mais elevada.
O jogo centraliza seus objetivos e caminhos no Observatório Cometa onde fica Rosalina e serve como o hub central, trazendo uma sensação de estar numa estação espacial na imensidão cósmica do universo.
Jogabilidade
A jogabilidade de Super Mario Galaxy é ao mesmo tempo em que é conhecida de Super Mario 64 e Super Mario Sunshine, traz um elemento totalmente novo – a manipulação da gravidade.
Com o novo elemento da gravidade, Mario pode caminhar em volta de pequenos planetas, ser puxado por campos gravitacionais e até alternar entre superfícies invertidas.
A curva de aprendizagem segue o padrão dos jogos do Bigodudo, com uma introdução simples para que o jogador vá se acostumando a novidade da gravidade e a forma de explorar mundos em todos os ângulos.

Os controles do Switch/Switch 2 por terem algumas semelhanças ao antigo Wii Remote acabam sendo intuitivos para quem já jogou o jogo original, mas também atende aos jogadores novos, com algumas funcionalidades por controle de movimento como por exemplo balançar o controle para realizar o “spin attack” ou coletar fragmentos de estrelas apontando para a tela.
O jogo também é totalmente adpatado para o uso em modo modo portátil, neste caso algumas funçoes de toque na tela ficam disponíveis.

Os demais movimentos e ações são precisas e fáceis de aplicar e ficam mais fluídas na medida que o jogador se acostuma com a gravidade e camera.
Há novos power-ups para Mario que tornam tudo mais divertido e adiciona novas possibilidades, caminhos e modos de exploração.

Há também um modo para dois jogadores, onde o segundo é apenas um auxiliar que pode atrapalhar inimidos, ou colhendo fragmentos de estrelas, algo que não aprofunda em nada o jogo.
O jogo em si já tem um escopo grande e pode oferecer horas e horas de divertimento, mas completar Super Mario Galaxy em 100% vai exigir bastante dedicação, oferencendo um excelente fator Replay.
Gráficos, Sons e Desempenho
Visualmente, Super Mario Galaxy é um deleite. Mesmo sendo um jogo originado do freco hardware do Wii, as melhoras da versão para Switch entrega cenários vibrantes e iluminação competente, com efeitos de partículas e profundidade espacial notáveis.
O uso de cores e o design artístico deixa tudo mais mágico e vivo, as texturas e resoluções foram melhoradas de acordo com a capacidade dos consoles atuais o que deixa o jogo muito bonito.

O design de fases é notável por combinar variedade, ritmo e desafio equilibrado. Cada galáxia traz novas ideias, com seus temas e visuais o jogo envolve com a nostalgia ao mesmo tempo em que abre um novo olhar para as fases, nunca tendo aquela sensação de repetição.
A trilha sonora, composta por Koji Kondo e Mahito Yokota, é um dos grandes destaques desta obra prima.
Pela primeira vez a franquia usa uma orquestra sinfônica completa, com músicas grandiosas e emocionantes, levando a uma imersão muito envolvente.

O desempenho é fluido, por ser um jogo de 2007 adaptado aos novos consoles e não contar com adições de elementos nas fases, o jogo entrega estabilidade e carregamentos rápidos sem engasgos ou problemas de resolução.
Tudo funciona bem e de forma polida, mas por ser uma versão melhorada de um jogo antigo, é o mínimo a se esperar da Nintendo e falando em mínimo, mais um jogo localizado em Português que faz toda diferença para quem quer se aprofundar na história.
Conclusão
Super Mario Galaxy se tornou uma obra-prima dos videogames quando surgiu em 2007 e sua versão para a família Switch só reforça o quanto esse jogo mereceu todos os prêmios e reverências.
Inovando na jogabilidade, trazendo emoção e qualidade técnica, Super Mario Galaxy jogo levou a criatividade da série a um novo patamar.
Seu uso criativo da gravidade redefiniu mais um vez jogos de plataforma 3D, enquanto a direção artística e a trilha sonora foram tão acertivas que são atemporais.
Talvez um remake fosse mais apropriado dada a importância do jogo, mas passado 18 anos, o título continua encantando novos jogadores e servindo como referência de level design.
Super Mario Galaxy não é apenas um marco na história da franquia, mas um dos jogos mais importantes e mágicos lançados, provando que para um bom jogo, basta ser criativo.

Super Mario Galaxy pode ser comprado de forma individual ou junto com o Super Mario Galaxy 2 numa coletânea.
Se quiser ler também nossa análise de Super Mario Galaxy 2, clique aqui. Cópia gentilmente cedida pela Nintendo.
Super Mario Galaxy: Um clássico revisitado, agora na nova geração de consoles mostrando porque é um dos melhores jogos de plataforma já feitos. – Thiago