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Análise | Pokémon Scarlet/Violet: The Hidden Treasure of Area Zero – The Teal Mask

by Thiago Vidotti
7 minutes read

Passado quase um ano do lançamento da nova geração de Pokémon, sempre se espera alguma novidade para expandir a história. Se quando a franquia principal era exclusiva dos portáteis, um novo título era lançado, desde a chegada do Nintendo Switch, os títulos principais estão recebendo DLCs como forma de complementar sua mitologia.
Intitulado The Hidden Treasure of Area Zero, a expansão de Pokémon Scarlet/Violet foi dividida em duas partes, sendo a primeira The Teal Mask já disponível trazendo uma região nova, mais Pokémon para adicionar a Pokédex e um história envolta a mistérios, será que o pessoal Game Freak estavam inspirados? Vamos Conferir!

História

The Teal Mask começa quando, ao iniciar o jogo base, você recebe uma ligação para comparecer a academia/escola e tem a grata surpresa que dentre todos os alunos, uma pequena equipe foi selecionada para uma excursão para a região de Kitakami a fim de conhecer alguns aspectos do lugar, além de participar do festival de Máscaras que faz parte da cultura do povoado.
Para nos acompanhar e supervisionar a viagem, somos apresentados a Briar uma pesquisadora da região de Unova e uma descendente direta do criador do Scarlet/Violet Book. Mas nesta primeira parte da expansão, o foco mesmo será na interação com os irmãos Carmine e Kieran.
Após as apresentações e acomodações, começam enfim as tarefas da excursão. Nesta hora seu jogador forma uma dupla com o tímido e introspectivo Kieran na missão de fotografar três monumentos espalhados pela região.
Como a excursão acontece ao mesmo tempo que o festival de Máscaras está rolando, conhecemos a Lenda que envolve o festival: Um monstro misterioso que habitava as regiões mais isoladas das montanhas desceu até o povoado causando o terror na população só sendo interrompido por três também misteriosos Pokémon – Okidogi, Munkidori e Fezandipiti – que após a grande batalha, foram considerados grandes heróis e foram eternizados nos monumentos e histórias passadas de geração em geração, mas numa certa noite do festival, uma estranha criatura aparece envolvendo você, Carmine e Kieran numa jornada em busca de respostas a lenda do Ogro e os Três Leais. Daqui em diante não falarei mais nada, pois estragaria a história de quem vai ainda vai jogar.

A criaturas que fazem a história de The Teal Mask.


Jogabilidade

Se você espera muitas novidades, pode baixar suas expectativas, o que temos aqui é mais do mesmo do que vimos no jogo base. Isso não é uma crítica em si, mas pode afastar alguns jogadores que não são tão engajados. Um ponto positivo é que você não precisa ter terminado a história principal para começar o DLC, basta ter jogado em torno de 2 horas do jogo base para já receber a ligação e embarcar na viagem. Outra boa sacada do pessoal da Game Freak é que os monstrinhos da região de Kitakemi vão estar num level de acordo com seu progresso no jogo base. Se você está começando agora, poderá encontrar Pokémon nível 12 ou então Pokémon nível 60 se você já terminou a aventura principal.
Mesmo que The Tial Mask seja mais do mesmo, a nova região (que representa 15% de Paldea) conta com muitos biomas diferentes, uma nova Pokédex com cerca de 200 criaturinhas dentre novas e velhas conhecidas, novos TM´s e muitos, muitos itens espalhados.
Na parte de desafio, no meu caso, joguei após ter concluído a história de Paldea, o jogo se mostrou extremamente fácil, as batalhas não exigiam muita estratégia e capturar as criaturinhas não deram o trabalho que esperava.
Importante também destacar que você pode transitar entre Paldea e Kitakami a qualquer momento, deixando o jogo em si bem livre como foi a proposta dessa nova geração.
A campanha deve levar entre 4-5 horas, mas se você gosta de explorar cada canto e fazer todas as missões secundárias, esse tempo pode chegar a triplicar.

Mapa da Região de Kitakami tem cerca de 15% do tamanho de Paldea, mas conta com muitos biomas e Pokémon.

Gráficos, Sons e Desempenho

Como a perfeição é rara, The Teal Mask expandiu também todos os problemas de performance do jogo principal. Bugs, queda quadros, engasgos, lentidão, tudo o que foi extremamente criticado no lançamento de Pokémon Scarlet/Violet estão aqui. Incrível que, mesmo um ano depois, nada foi feito para tentar deixar o jogo um pouco mais orgânico. Se o jogador emendou The Teal Mask com o jogo principal, pode ser que não repare e já tenha acostumado, se isso for possível, aos problemas do jogo, mas se você ficou um tempo afastado e jogou algo como Pikimin 4, por exemplo, vai perceber o quanto é sofrível os problemas técnicos e paciência será necessária para se readaptar a situação.

Reencontre Pokémon de outros jogos e conheçam espécies totalmente novas em The Teal Mask.

Veredito

História interessante, nova região, novos monstrinhos, possibilidades de evoluir seu time, personagens carismáticos, assim como Pokémon Scarlet/Violet, The Teal Mask tinha tudo para se tornar um grande presente aos fãs da franquia que sempre imaginaram um mundo aberto com Pokémon correndo e vivendo livremente a pequenos metros de distância, mas mais uma vez, os problemas técnicos eclipsaram todo o potencial que o jogo poderia alcançar. The Teal Mask é uma boa expansão, assim como Pokémon Scarlet/Violet é um ótimo jogo, mas o jogador precisa engolir muito Froakie para apreciar tudo de legal que existe.
Sendo assim, Pokémon Scarlet/Violet: The Hidden Treasure of Area Zero – The Teal Mask é uma expansão recomendável, porém com ressalvas e talvez o que mais fica dessa geração é: com um console com 6 anos de mercado, a Game Freak não foi capaz de otimizar o jogo de forma decente, não se atualizou para o mercado atual ou mesmo depois de críticas, se acomodou com uma base de fãs que reclamam, mas compram. Seja o que for, uma pena que uma das histórias mais legais da franquia tenha que competir com a frustração a cada queda de frame ao desbravar Paldea e Kitakami. Nos resta esperar pela segunda parte da história que está prevista ainda para 2023 e que acredito ser ainda melhor que essa primeira parte e também ver se algo melhora no desempenho do jogo para fecharmos essa geração com um sorriso no rosto. Acho difícil, mas joguem, pela história e pelos Pokémon.

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